quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Como evangelizar África (Entrevista ao Jornal da Madeira, 27 de Julho de 2010)

O Pe. Manuel Fidelino Gomes jardim é o primeiro missionário comboniano madeirense e único até ao momento. Natural de São Roque do Faial, o Pe. Fidelino trabalha no Congo há muitos anos e actualmente é responsável por uma paróquia do interior deste país – o terceiro em superfície do continente africano, onde o sacerdote está incumbido de promover a inculturação e o desenvolvimento das populações a todos os níveis.
Oriundo de um ambiente profundamente religioso, com um Bispo na família, D. Manuel Ferreira Cabral, o Pe. Fidelino cedo despertou para a vocação missionária, através da leitura da revista “Além-Mar”, editada pelos Missionários Combonianos, uma congregação à qual, mais tarde, consagraria a sua vida, após estudos em Portugal e Itália.
Fundados por S. Daniel Comboni (1831 – 1881), “um bispo missionário original” que chegou a participar no Concílio Vaticano I (1870), os Missionários Camonianos têm por carisma ajudar os povos africanos na realização da sua própria identidade e no contexto das suas naturais expressões de fé.
Daniel Comboni fundou (em Itália) dois Institutos religiosos, um masculino e outro feminino, dedicados à mesma causa missionaria.
Em 1996 Daniel Comboni foi beatificado em Roma pelo Papa João Paulo II que, sete anos depois, em 2003, presidiria também à sua canonização.
O lema apostólico para ajudar África continua a ser bem considerado, agora como o trabalho missionário de centenas de combonianos.
“Acreditar em Deus é fundamental”
Sobre o contributo da Europa e da Igreja Católica para a evangelização em África este comboniano, que está a passar alguns dias na Madeira, disse ao JM que “o continente Europeu tem muito que dar e receber”, a começar pela “vivência espiritual de Deus, a coisa mais fundamental da vida”.
Em África, por exemplo, “o stress ” que na Europa cresce à medida da “descristianização”, não têm cabimento, porque “a fé dessas pessoas é muito grande e o sentido de felicidade é profundo”, lembrou a propósito.

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