Nós já conhecemos a bonita missão
de Maboma, onde os combonianos trabalharam durante 26 anos e agora partiram
para outros rumos.
Achegada dos combonianos a
Maboma, foi precedida por alguns anos de procura dum local para dedicar-se
completamente ao trabalho com os pigmeus. Em 1986 foi escolhido uma aldeia de
pigmeus, Bangane, na paróquia de Maboma. Este primeiro centro da nossa
actividade ficava a 20 km da igreja paróquial, mas tinha a vantagem de estar na
floresta, onde viviam um grande grupo de pigmeus. Dali os missionários
encarregavam-se também da paróquia e das suas capelas.
A partir de 2000, os
missionários mudaram para o centro da missão e passaram a viver na antiga casa
das irmãs, construida há mais de 50 anos, mas em bom estado.
Eu tive a sorte de trabalhar
por duas vezes em Maboma, a primeira vez na casa da floresta, Bangane e, nos
últimos dois anos, no centro da missão.
Ultimamente, o numero dos
missionários tem diminuído dramaticamente. A comunidade
de Maboma foi a que mais sofreu com a carência de pessoal. Há anos
que não se consegue formar uma comunidade normal, de tres missionários.
Durante o último ano fiquei sozinho. Esta situação, obrigou os superiores
a fechar a missão, não só por falta de pessoal, mas também porque a diocese tem
novos sacerdotes que podem tomar conta da paróquia.
No último domingo de Junho,
os combonianos celebraram a última missa na grande catedral.
Estavam presente muitos cristãos entre os quais um bom grupo
de pigmeus atónitos e tristes. Estava ainda o representante do
bispo da diocese e o do superior provincial, junto com os dois jovens
sacerdotes diocesanos, novos responsáveis pela paróquia. Estavam também duas
irmãs combonianas que tinham vindo despedir-se, mais uma vez, daquela
que tinha uma das suas primeiras missões aqui no Congo.
No fim da celebração,
agradeci, a todos, os dois anos maravilhosos passados no meio daquele daquela
gente simples e boa. Disse que se concretizava o sonho de S.
Daniel Comboni, pois ele dizia que o trabalho do missionário era ser a
pedra escondida sobre a qual se construía a Igreja. Uma vez a
comunidade cristão estabelecida, o missionário podia partir para
outros sítios mais necessitados.
A presença dos dois jovens
sacerdotes locais era o sinal que aquela igreja era madura. Já tinha os
ministros necessários para o trabalho pastoral, portanto os missionários tinham
feito o seu dever, era tempo de partir para outras paragens.
Depois da missa partilhamos
uma simples refeição, num ambiente de alegria e festa, esquecendo um pouco as
dificuldades da separação. Disseram-se as últimas palavras de agradecimento,
deram-se os últimos abraços e separàmos-nos. Eles ficam e continuam no
caminho aberto. O missionário parte abrindo novos caminhos que um dia serão
grandes estradas por onde marcharão multidões de novos cristãos.
Adeus, querida Maboma,
obrigado por tudo o que me deste e pelo tempo maravilhoso passado juntos !
Que o nosso Deus fique
contigo e me acompanhe na nova missão !
Isiro, Junlho de 2012
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